Betrayed - Capitulo 3

_Sério? – me fingi de tonta, minha garganta estava seca devido ao susto, precisava beber algo.

_SIM! EU PRECISO IR AÍ. – disse em meio as lágrimas.

_Oh meu Deus, está tarde Nati. Mas ok, vem logo.

Desliguei o telefone e joguei em cima da mesa da cozinha, me encostei na geladeira e passei a mão no rosto logo em seguida. Despejei agua gelada no copo e tomei lentamente desejando que aquela água me acalmasse. Eu sei que eu só estava com o Drew para me vingar da Natália, atingindo o ponto mais fraco nela, porém de uns tempos para cá ela vem demonstrando ser realmente minha amiga e não apenas por falsidade, o que começou com um joguinho estava se tornando um martilho para mim naquele momento, estava apegada na Natália, estava cada vez mais sendo grata pela existência dela, mas mesmo assim, não queria largar o Drew por mais que não houvesse um sentimento...ou será que estou começando a gostar dele? Não, não posso, isso foi um jeito de me vingar , não posso jamais permitir isso.

Coloquei meu copo sobre a mesa junto ao celular, a campainha tocou anunciando a chegada da Natália que entrou aos prantos e caiu em meus braços.

_Calma, esperai vou pegar água, senta – falei guiando-a para o sofá e ligando a luz.

Estava sozinha em casa, meus pais saíram com uns amigos e meu irmão estava em alguma balada, e com certeza não vai voltar tão cedo para a casa. Voltei com o copo na mão, tremendo mais que ela, o que será que ela viu?

Sentei na poltrona à sua frente, estiquei o braço para que ela pegasse o copo, ela bebia a água com dificuldade, estava soluçando demais para conseguir beber. Ela deu um suspiro, encostou as costas no sofá, colocou a almofada no colo e me olhou.

_Melissa, eu vi ela saindo da casa dele, vi de costas e ainda sim achei muito familiar aqueles cabelos longos, mas não consigo saber quem é, não consigo me lembrar do rosto, só olhei de longe e rapidamente saí da esquina da casa dele.

_Não sei o que te falar Nati, eu estou surpresa tanto quanto você... sério. – menti olhando o relógio em cima do abajur.

_Mel... eu acho que ele está me traindo.

Meus olhos pousaram nos olhos castanhos da Natália e os encarou.

_Acha? – não consegui disfarçar minha cara de pânico.

_Eu acho. E eu vou descobrir quem é... com a sua ajuda.